
Um desastre, uma perda em família ou o desemprego. Ao longo da nossa vida, estes problemas batem à nossa porta. Para sermos consolados e para consolarmos o próximo, vamos conhecer as reações das pessoas fragilizadas pela dor e pelo sofrimento.
No primeiro momento em que recebe a notícia da perda ou de uma tragédia, a pessoa tem a reação da incredulidade, ou de negar a realidade. Isso é um mecanismo de defesa utilizado como proteção emocional. Essa etapa dura pouco, porque a própria realidade leva a pessoa a acordar diante dos fatos.
Vencida a primeira etapa, tem início um processo para enfrentar a dor. Sofrer diante da perda, manifestar aos amigos e parente os sentimentos, é uma reação normal, natural e necessária, diz a conferencista e escritora Eleny Vassão, no seu livro Consolo.
O cristão que recebe uma má notícia ou sofre uma perda, também pode ficar triste e vai passar pelas mesmas etapas da dor, como todas as pessoas. O cristão não deve conter o choro e as manifestações de dor. Conter é prejudicial. O cristão também precisa de um ombro amigo.
Além dos amigos, o cristão vai louvar a Deus com músicas e ter gratidão ao Pai Celestial, mesmo sem entender as razões de tal sofrimento. O cristão confia que Deus está no controle de tudo. A Bíblia diz que Deus é onipotente. A Palavra apresenta promessas da graça divina que cremos com toda certeza. Portanto, crer nas promessas divinas vai produzir forças para superar o trauma.
A oração ajuda todos os que passam por aflições e angústias. A pessoa que está vivendo o seu momento de angústia pode orar assim:
“Meu Pai Celestial, tenho certeza que o Senhor é justo e santo e pode todas as coisas. Ajuda-me, por favor, a passar por isso. Que venha sobre mim o teu poder e proteção. Senhor, livra-me do mal, em nome de Jesus Cristo,” Amém.
Amigo, você que é ou será um voluntário, você poderá encontrar as seguintes reações no sofredor:
1. Angústia – as pessoas que passam por uma perda normalmente não conseguem dormir, tem pesadelos e inquietação. Tornam-se sensíveis, irritáveis, assustam-se com tudo, desconfiam e sentem-se incapazes de fazer tarefas simples do dia a dia. Uns não conseguem nem se vestir ou escovar os dentes. Sentem-se sozinhas e desamparadas.
2. Ira. A pessoa traumatizada pode dirigir a sua ira contra a natureza, o destino, contra Deus, contra a companhia aérea ou a empresa de ônibus e etc. a pessoa pode irar-se até contra os que morreram ( e me deixaram sozinha). A ira pode ser dirigida contra até mesmo os que querem ajudá-la.
3. Medo. Principalmente quanto ao futuro, não veem como poderão seguir adiante sem a pessoa que morreu, ou têm medo de que a tragédia possa se repetir.
4. Culpa. É o sentimento mais comum. A pessoa recebeu a notícia da morte de um parente ou amigo e se reprova por coisas que deixou de fazer pela pessoa querida. O voluntário vai consolar com a mais sublime verdade do Evangelho, ou seja, Jesus veio para nos livrar da culpa, através do perdão que ele nos oferece, graças ao sacrifício dele na cruz.
5. Somatização. A pessoa que sofre um trauma emocional pode ficar doente fisicamente com dor de cabeça, dores no corpo, enjoos, diarréia, desmaios, sensação de pressão no peito, sufocamento, falta de ar, cansaço e falta de sono.
6. Alteração de comportamento. As pessoas mudam de comportamento diante de uma crise. Há quem se torne apático, indiferente, sem vontade de fazer nada, nem sequer levantar-se. Outras, tornam-se demasiado ativas, não param quietas, não podem dormir, trabalham sem parar.
7. Há pessoas que adquirem idéias suicidas.
8. Emoções intensas. É normal, é saudável manifestar essas emoções e falar delas. Não é saudável conte-las e reprimi-las. É melhor expressá-las com franqueza para sentir alívio.
Durante os primeiros meses depois do trauma, a pessoa necessita de tempo e compreensão. Ela vai vivenciar, elaborar e depois vai perder naturalmente, gradativamente, os sintomas iniciais.
Como consolar?
É um tema que vamos relatar de forma mais completa em um áudio específico. Mas o voluntário precisa estar harmonizado consigo, com o próximo e com Deus. Você e a pessoa aflita terão a ajuda do Espírito Santo, que é o nosso Consolador. Além disso, o voluntário pode dispor de cursos e treinamentos para desenvolver com excelência o seu dom.
A Bíblia diz em 2 Coríntios, capítulo 1, versículos 3 a 5. Observe a interessante explicação:
“Que Deus maravilhoso nós temos. Ele é o Pai do Nosso Senhor Jesus Cristo, a fonte de toda a misericórdia, e aquele que tão maravilhosamente nos conforta e fortalece nas dificuldades e provações. E por que ele faz isso? Para que, quando os outros estiverem aflitos, necessitados de nossa compaixão e do nosso estímulo, possamos transmitir-lhes essa mesma ajuda e esse mesmo consolo que Deus nos deu”. Amém.
Mesmo que você ainda não esteja capacitado para ser um voluntário num hospital, por exemplo, mas Deus quer te usar com as qualificações que você já dispõe. Você pode visitar um amigo, uma família, pode enviar um áudio pelo celular e tantas outras formas de ajudar. Na época em que Jesus estava na Judéia, um jovem chamado André deu uma grande ajuda para a obra de Deus, convidando os amigos para conhecerem Jesus. Ele dizia: Achamos o Messias. Venha e o conheça.
Entendeu? Que Deus te abençoe muito. Amém.